quarta-feira, abril 1

Questão: Que forma deve assumir o Filme?



A MAIS CRETINA/COVARDE/PERVERTIDA (Péra... É sacanagem...)

O Filme deve assumir a forma de seu recipiente
Um paliteiro ou uma bigorna heptadimensional
Votada consensualmente ou decidida unilateralmente
Por quem é de direito ou quem é de dever.
A melhor forma do filme é a descoberta, o desbravar sem mapa.
No máximo um roteiro repleto de indecifráveis hierógrafos que nublem o caminho.

O formato de filme que melhor traduz sua experiência sensivel é o de Munsterberg:
"Transformar a realidade em objeto da imaginação"
Isto é o que liberta o cineasta e seu produto
Esta estrutura formalista trabalha em conjunto ao espectador que constrói por si.
Munsterberg, no entanto, abdicava de recursos como son, cor e documentário.

Aí complica, parceiro....[Parte 1]

Dá pra questionar...[Parte 1]

Se uma obra como:
Matrix, dos irmãos Wachowsky, repleto de efeitos especiais não pode ter alcançado a primazia.

Compartilho do temor do mestre Arnheim.
Tememos que ao "mudar e mudar" de forma, o cineasta não apure uma linguagem
Que lhe possa ser mais apropriada e legítima.
Bicho, eu correria por longos campos verdejantes com o mestre, se não me perturbasse
quando ele ventila a possibilidade de já termos experimenciado a forma perfeita.
A do cinema mudo da década de XX.

Aí complica, parceiro...[Parte 2]
Dá pra questionar...[Parte 2]



Como ignorar a poesia de Kurosawa, o chaos dramatúrgico de Godard
e os diálogos deliciantes, aparentemente despretensiosos do Tarantino?

Eiseinstein (O pensador camarada...hehe) Acreditava na experiência cinematográfica como
um nexo de linhas complementares em detrimento de uma forma estática.
Esta confluência é mesmo a chave do bagulho!
A menos que ela seja imposta e necessária para o fenômeno.
Que torne uma condição indispensável essa comunicação entre tudo que faz parte no ato.

Aí complica, parceiro [Parte 3]
Dá pra questionar [Parte 3]


Tomemos a linha bamba e única da contemplação!
Tudo aquilo que não é comunicação ou que não tem esta ambição como
a escola expressionista européia, não tem força ou encaixe como forma?

O Filme nasce, mas não morre na idéia.
Neste existir, este metamorfo, usa novos e velhos pensadores.
Só para se mostrar intrinsicamente ligado ao olhar espetacular do epectador.
Afora a mira da câmera e suas edições
Adentro cada conversa de botequin e deleites individuais compartilhados

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